Eu gosto de surpresas, eu gosto do novo, desde que eu... bem minha
relação com o novo é demasiadamente complexa.
Eu e meu melhor amigo estamos tendo um
lance, desses de tirar o fôlego e passar todo o tempo do mundo juntos, nos
damos muito bem e com ele posso ser eu mesma sempre.
A 3 meses ele teve que ir morar em outro estado, passou para o
mestrado na USP e eu fiquei aqui, lamentando as minhas pitangas para as amigas.
Ficamos ambos muito tristes, mas a nossa amizade não mudou, pelo contrário, se
fortaleceu.
Ele é o “homem perfeito”, se é que existe um, na visão das mães e
amigas. De fato devo concordar que ele é um exemplar raro e requisitado no
mercado afetivo.
Eu sempre gostei do gênero comédia romântica e esse meu amigo
sempre me disse que esse tipo de filme era uma perda de tempo, pois ilude e dá
a sensação de felicidade, uma felicidade que não existe de fato.
Apesar de ser resistente as críticas dele ao gênero, admito que
esse tipo de filme é ruim, pois nos contamina com certos sonhos e ideais que
não devem ser almejados pelo simples fato de serem ideais, estarem no campo das
ideias como diria Platão.
Mas ontem ele fez algo digno de comédia romântica, me fez uma
surpresa. Desde que ele foi embora eu ficava pensando que um dia, quando eu
menos esperasse, ele bateria na minha porta e mataríamos a saudade absurda que
nos persegue. E foi exatamente assim que aconteceu.
Até ajuda das minhas amigas ele pediu!
Eu fiquei em choque, fiquei gelada, tremendo, sem palavras, em
choque. E ele lá, se divertido, com aquele sorriso de menino travesso que ele
adora utilizar para baixar a minha guarda.
Estávamos tímidos, meio sem ação, meio sem fôlego, mas quando ele
foi embora pra casa... Aí sim, descompassamos os batimentos e a respiração com
um beijo de saudade e vontade, a simples vontade de abraçar e sentir o cheiro
do outro.
Amo meu amigo, como pessoa, amigo e amante. Sem dúvida é uma das
pessoas mais maravilhosas que conheço.
Obrigada baby, por realizar um dos meus sonhos de menina boba, te
amo