causos e risos

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terça-feira, 16 de junho de 2015

Coisas minhas e talvez nossas

Às vezes eu paro e fico te olhando enquanto você me explica sobre um animal que é super diferente por um motivo extremamente exótico ou contando sobre as estrelas e seus brilhos... Eu estou te ouvindo, mas acima de tudo eu estou hipnotizada.

Eu fico hipnotizada te olhando... São tantos motivos... Seu cabelo desalinhado com o mundo, mas alinhado com as suas ideias... seus olhos pequenos por trás dos seus óculos tortos que te fazem enxergar direito... suas bochechas levemente avermelhadas, não sei se por vergonha ou por excitação e sem esquecer, o deixado por ultimo para dar destaque: seu sorriso e os diferentes efeitos que ele tem sobre mim....

Eu gosto de te olhar... Eu faço apostas mentais sobre o quanto eu vou aguentar te olhar sem rir ou ficar com vergonha....

Tento fazer fotografias mentais das suas expressões que são as minhas favoritas...

Sei lá.... Essas coisas minhas que às vezes se tornam nossas, mas que eu fermento em mim no restante da minha viagem de ônibus em que estou sem o seu olhar à buscar o meu.

Chego a conclusão de que o ponto da fermentação dos meus pensamentos em relação a você é uma cerveja de saudade viciante.

"Maybe I’ll get drunk again
To feel a little love" 
Drunk - E.S

Esse novo em mim e de mim

É demasiadamente interessante o funcionalismo sentimental humano.

Cada paixão, amor, lance, paquera, flerte e afins são únicos.

Quando eu me refiro a único, não estou querendo falar que eles são diferentes e por isso 
cada um é um. Mas sim destacar o quanto nos posicionamos quanto aquela pessoa como única.

"O meu grande amor"

"O amor da minha vida"

"Nunca vou amar outro alguém como eu te amo" (Esse até que é verdade, já que amamos as pessoas de formas diferentes)

"Você é a minha vida" (Acho que outra pessoa ser a sua vida, é algo demasiadamente assustador)

Enfim... Essas frases que muitos de nós, seres pensantes e apaixonantes insistimos em pronunciar quando estamos gostando de alguém.

Lendo coisas que eu já escrevi e que atualmente escrevo fiz um exame de consciência e percebi que eu já fui meio assim...

Eu estava em um pseudo-relacionamento enrolado, onde me vi em situações que eu nunca pensei em estar, ou seja, apaixonada e dependente de outra pessoa.

Aos negadores, no fundo dos seus conscientes, vocês sabem: Amar, apaixonar ou a palavra que você quiser usar, depende de um outro ser. Pelo menos, eu nunca vi alguém sofre de desilusão amorosa de si.

Hoje eu vivo um relacionamento tranquilo, feliz e insano. Mas sei que o tchau esta sempre a espreita. Não, eu não quero terminar o meu relacionamento, mas tento não pensar no quanto vamos ser felizes daqui a anos, mas sim no quanto podemos ser felizes hoje.
Se eu vou chorar caso termine?

Claro que eu vou! Sou uma expectadora assídua de comédias românticas, adoradora da religião do sorvete e graças ao meu namorado que esta me engordando para assar no natal, sou uma consumidora de Nutela.

Chorar faz parte. ou não... vai saber se a pessoa nega sua tristeza ?

Não estou julgando ninguém, estou apenas compartilhando o meu exame de consciência: pré, durante  e pós relacionamento.

Olhando para dentro

Hoje, pensando nas coisas de relacionamento que eu já vivi, chego a conclusão de que eu seja a garota do momento.

Por algum motivo, os caras não me assumem, e eu vivo apenas aquele momento.

Eu não sei bem o motivo, talvez o problema não seja eu, mas se aceitar assim é um passo fundamental para uma garota com o histórico como o meu.

Estar só, não é ruim. Estar sempre só é ruim.

Eu fui, mais uma vez com expectativas. A pessoa me ofereceu um leque delas! Mas é como se sabe judicialmente, se a pessoa não te falar com todas as letras o que ela quer, então, você não tem obrigação alguma de cumprir.

Pois bem, mas uma vez vivo a situação de querer alguém que não demonstra o que sente. Ou não age, ou sei lá, esse é bem mais complicado que o anterior, pois esse é bem mais intenso.

Tudo bem, eu falo de mais! É verdade, acabo até falando o que não devia, ainda mais no primeiro encontro, mas é o meu contra ponto em não ser louca!

Eu não sei exigir algo sentimentalmente falando. Eu apenas vivo, se a outra pessoa quiser, tudo bem. Eu me doou por inteira e se ela não quiser eu me recolho. Por inteira. Não sou metade em nada e tão pouco de forma alguma.

E me recuso a ter e viver somente de metades. Tenho que chegar e agir como os idiotas que me atropelam. Se eles se doarem, eu me jogo. Caso contrário, molho os dedos, testo a temperatura e corro por repulsa do frio.