Há um ano à traz eu estava criando os
materiais da festa da minha princesa.
À noite você tagarelava comigo como em tantas
outras, via em primeira mão minhas ideias e falava o quão ruim era em trabalhos
manuais.
Tentava entender minhas propostas e me dava o
maior apoio.
No dia da festa chegou meio tímido, se
preparando para o bombardeio das perguntas e piadas dos parentes.
Até que no fim, quando todos já haviam ido
embora, nos sentamos e você começou a se enroscar em mim; triste e choroso por
estar cada vez mais perto a hora de ir.
Hoje, um ano depois, estou só e com uma vaga
sensação do quão bom era a sua companhia, pois depois de tantas tristezas, tudo
não passa de uma vaga lembrança.